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As tendências se concretizam?

Vamos avaliar o cenário da Gestão de Pessoas.

Acompanhar tendências de fontes confiáveis normalmente ajuda nas tomadas de decisões.

Mas será que as tendências se concretizam?

Vamos checar algumas, na área de Gestão de Pessoas.

Iniciaremos por levantamentos das tendências para 2019. Lembrando que a pandemia global não era uma variável considerada naquele momento.

Na pesquisa feita pelo GPTW em 2019, a necessidade de “criar a mentalidade digital entre os funcionários” apareceu entre os maiores desafios. Entretanto, uma enquete realizada pela consultoria indicava que a revolução ainda era lenta. Porém, já era tendência para os próximos anos.

Da mesma forma, flexibilidade no trabalho também já aparecia como tendência para os anos seguintes.

Acompanhamos um crescimento exponencial das duas tendências nos anos seguintes. Correto?

É fato que a pandemia contribuiu muito para essa evolução nos dois casos. Porém, já tinham sido identificadas como tendências.

As tendências não são garantias, mas podem sim nortear decisões mais assertivas. Representam a direção que o setor está se movimentando.

Muitos fatores e cenários externos podem interferir e alterar essas “previsões”. Mas é importante e válido acompanhar. Normalmente elas se prolongam até o ponto em que um novo fator mude a sua direção.

No cenário pós pandemia, temos no topo das prioridades da Gestão de Pessoas:

  • Desenvolvimento/capacitação das lideranças
  • Cultura organizacional
  • Comunicação interna

E na sequência:

  • Experiência do colaborador
  • Novos formatos de trabalho
  • Saúde mental
  • Diversidade e Inclusão
  • ESG
  • Outros

A pandemia mundial provavelmente foi causa para o aumento da atenção com a saúde mental dos colaboradores.

O interesse em melhorar os ambientes corporativos para evitar estresse, esgotamento e demais questões psicológicas no trabalho sempre foi importante. Mas não era prioridade. E provavelmente será nos próximos anos, até que a situação apresente melhoras.

Com as restrições causadas pela pandemia, o trabalho remoto se tornou uma realidade para muitas pessoas e empresas. E muitas não estavam preparadas para essa possibilidade. O que gerou um aumento significativo de ansiedade e estresse. Além disso, a angústia de viver as incertezas e perdas.

De acordo com a pesquisa da International Stress Management Association (Isma-BR), cerca de 32% das mais de 100 milhões dos trabalhadores brasileiros sofrem com a Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional.

Ambientes saudáveis e desenvolvimento das lideranças para lidar com as questões emocionais de suas equipes são pontos essenciais para as empresas que querem se manter competitivas no mercado, confirma o relatório de tendências de gestão de pessoas em 2022 da Great Place to Work Institute.

Ou seja, os líderes têm papel fundamental na construção de ambientes saudáveis. Então, faz total sentido que o desenvolvimento deles esteja no topo das tendências.

E para exemplificar mais uma tendência que está se concretizando, podemos considerar que a onda de demissões denominada “Great Resignation” ou “A Grande Resignação” que iniciou nos Estados Unidos chegou ao Brasil:

País bate novo recorde de pedidos de demissão em 12 meses. Foram 6,467 milhões de pedidos de demissão nos 12 meses até julho – 32,4% do total de desligamentos de trabalhadores com carteira assinada no período. Por Marta Cavallini. Portal G1 - 30 de agosto de 2022.

Acompanhar as tendências contribui com a criação de estratégias mais eficientes. Ajuda a enxergar possibilidades de mudança e orientar o planejamento estratégico das organizações.

Além disso, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento dos colaboradores, que irão contribuir com o crescimento e desenvolvimento da empresa.

Ao detectar tendências, as empresas podem se preparar com antecedência e obter melhores resultados.

Juliana Marcelino

Especialista em gestão, desenvolvimento humano e ESG. Graduada em direito pela UFG - Universidade Federal de Goiás, especializada em gestão pela FDC - Fundação Dom Cabral e mestranda em administração de empresas pela UDE - Universidad de la Empresa – UY. Mais de 15 anos de experiência em carreira corporativa: serviços jurídicos (bancos, multinacionais e CSC), gestão de negócios (shopping center), docência (universidades e cursos de especialização) e recursos humanos (indústria do setor de alimentos). Acompanhamento de auditorias: ISO9001, IFS Food, SMETA, Nestlé, Mondelez, Global Markets e outras.